A cruz que carregamos tem o peso de nossas imperfeições, sendo que a parte mais pesada é a dos ressentimentos. A medida que as imperfeições se desfazem substituídas pelo esclarecimento espiritual, a cruz vai perdendo o seu peso: torna-a leve e transforma-a em asas.
Quando a cruz perde o peso pela purificação do ego, torna-se apenas simbólica e transforma-se em luz, iluminando os caminhos da eternidade; Feliz daquele que se conscientizou de que ele próprio criou a cruz e que ele vislumbra o horizonte que terá que atingir, não buscando mais as coisas materiais e sim as espirituais, aí começa a verdadeira vida.
Carregue apenas a pequena cruz de cada dia, não continue carregando as cruzes do passado, esqueça-se delas. Descontraia-se em relação ao futuro, não carregue a cruz com antecedência. A cruz nos parece pesada demais, porque mentalmente a carregamos de uma só vez. Não carregue a cruz de seus entes queridos, para que eles também possam evoluir. Em compensação, não descarregue a sua cruz nos outros, para que ela não volte mais pesada.
Ouve-se dizer: carregue a sua cruz com classe, mas lembre-se: nem o próprio Jesus Cristo a carregou o tempo todo com a coluna reta e sem cair algumas vezes.
Extraído do livro: "O silêncio já é uma prece".